The Lurker and the happy life of middle mannagement (ou "keep your powder dry, sonny boy")
Quinta-feira foi um dia insano... A manhã transcorreu calma, com pouca coisa para incomodar e a equipe going by their own affairs. Acho que parte do pessoal já está se integrando, considerando que alguns estão conosco apenas pela segunda semana.
Tirei a tarde de folga (privilégios do comando, so to speak) para comparece ao amigo “ocúltero” da Agência, realizado na casa de um engenheiro, enfiada no final do Lago Norte. E lá estou eu, minding my own business, comendo meu churrasco e conversando sobre o triste destino das telecomunicações nacionais, quando toca o telefone: é o meu subcontratado de elite, querendo discutir coisas sobre a proposta de trabalho. Muito bem, discutamos - fala-se por quase vinte minutos, enfiado em um banheiro, porque a balbúrdia reinante não permite que se ouça sequer os próprios pensamentos (acho que não fiz muitos pontos com o pessoal da fila...)
Tudo esclarecido? Voltemos ao churrasco e à conversa, quando o celular se agita novamente: é o dito cujo outra vez, querendo discutir outros aspectos da proposta. Bolas, não se tem sossego. Corre-se para o banheiro/cabine telefônica. “Está mais claro agora?” ótimo. Onde estava mesmo aquele queijo de coalho?
Só que não é bem assim. Ligo, agora eu, para o pessoal da Avaliação e conto a história. Neste ínterim, o sub contratado também liga para a Avaliação, para confirmar as instruções. Sugestão que recebe deles - ligue para o Gerente Executivo, o qual dá uma sonora patada (ele é argentino) na pobre moça e diz a ela o que eu já havia dito. Hmm... isso está ficando complexo melhor abortar o amigo "ocúltero" e ir pessoalmente resolver esta encrenca, certo? Errado. Ou melhor, decisão certa, bad timming.
Uma técnica que não tinha nada a ver com a história consegue armar uma confusão tal sobre o documento - sobre o qual ela não tinha que saber nada, porque não era parte do projeto - que termino a tarde na mesa da diretora do Centro, discutindo com o diretor executivo aquilo que já havia sido acertado a meses com outro gerente.
Bolas! Amanhã tenho que treinar uma série de elaboradores para a avaliação. Essas pessoas são contratadas deles... mas não espero ter nenhuma posição institucional sobre a realização do projeto tendo-o como parceiro... logo...
a) não treino ninguém até que se resolva a situação e atraso com isso (mais ainda) o cronograma;
b) treino esse pessoal e os contrato na modalidade produto, para que preparem o material necessário;
c)contrato pessoal exclusivo para a o trabalho e desisto de trabalhar com meu sub de elite nessa rodada.
Peek a feature....
O pior é que, na minha opinião, a tal técnica que gerou essa bagunça viu do que se tratava o projeto e tentou entrar pela porta dos fundos, apesar de ter se arrastado dizendo que não foi intencional. Eu abomino este tipo de movimento espertinho.
The Lurker says: Keep your friends close and your enemies closer (and your phasers set to stun).
dezembro 21, 2002
dezembro 18, 2002
The Lurker and the happy life of middle mannagement (ou como enlouqecer sua equipe em duas lições fáceis)
Pop quiz.
Seu subcontratado, um instituto de renome em quem você confia quase cegamente, sofre um abalo interno por uma crise nas duas diretorias de quem você depende. Todo seu trabalho é colocado “on hold” até que haja uma definição por parte da gerência da organização... entretanto, seu cronograma não admite mais atrasos, porque está estourado desde antes das atividades se iniciarem. What do ya do?
.
.
.
O que eu fiz foi providenciar dois caminhos alternativos, contactar e construir uma equipe de stand by, que eu pudesse treinar em tempo recorde. Alterei o cronograma e discuti com minha equipe os procedimentos alternativos... quando chega o pessoal original e diz: “mas nós ainda estamos no páreo”. Bem, bolas, porque não disseram isso antes?
Resultado: devido às alterações de cronograma, temos agora novas dificuldades que não tínhamos, devidas a acordos que precisamos fazer com outros terceirizados envolvidos. E ainda temos a chance de não poder contar com o subcontratado original se as dificuldades deles continuarem. Em três dias viramos nosso cronograma, programas e schedules de ponta cabeça and back again. Isn´t life fun?
The Lurker says: Work your team, cherish your subordinates, but keep your worksheets close.
Pop quiz.
Seu subcontratado, um instituto de renome em quem você confia quase cegamente, sofre um abalo interno por uma crise nas duas diretorias de quem você depende. Todo seu trabalho é colocado “on hold” até que haja uma definição por parte da gerência da organização... entretanto, seu cronograma não admite mais atrasos, porque está estourado desde antes das atividades se iniciarem. What do ya do?
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O que eu fiz foi providenciar dois caminhos alternativos, contactar e construir uma equipe de stand by, que eu pudesse treinar em tempo recorde. Alterei o cronograma e discuti com minha equipe os procedimentos alternativos... quando chega o pessoal original e diz: “mas nós ainda estamos no páreo”. Bem, bolas, porque não disseram isso antes?
Resultado: devido às alterações de cronograma, temos agora novas dificuldades que não tínhamos, devidas a acordos que precisamos fazer com outros terceirizados envolvidos. E ainda temos a chance de não poder contar com o subcontratado original se as dificuldades deles continuarem. Em três dias viramos nosso cronograma, programas e schedules de ponta cabeça and back again. Isn´t life fun?
The Lurker says: Work your team, cherish your subordinates, but keep your worksheets close.
dezembro 16, 2002
The Lurker vai ao casório (ou Torquemada, meu herói.)
O padre já ia pela sua meia hora de sermão, tendo deixado o “sal da terra” para outra cerimônia quando finalmente me dei conta do que, afinal, me incomodava: os nubentes já tinha um filho, certamente com seus três anos, e a noiva, de branco, era enaltecida por suas qualidades maternais. Uma cena comovente não estivesse contra os procedimentos pregados usualmente pela igreja, ainda mais em tempos de concílio vaticano II. O que diria o Observatório Romano, órgão oficial de divulgação do eclesiástico?
Nessas ocasiões sempre faço um retrospecto das diferentes posições da igreja acerca dos comportamentos das pessoas durante os séculos. Houve um tempo em que uma cena deste tipo era encarada com outros olhares. Houve um tempo em que simplesmente não aconteceria. Verdade seja dita, tempos de alguma forma mais hipócritas do que os que vivemos hoje. Por outro lado, esta “flexibilidade” certamente faz com que as pessoas se sintam mais felizes por atingirem seus “objetivos” mais facilmente. Não mudaram agora os pecados capitais? E já não haviam mudado antes? Bem, de onde partiu a definição?
Não me lembro exatamente qual a passagem da Bíblia que diz que mais vale um pecador arrependido do que cem justos (com o perdão da citação mal feita). Se assim é, qual o objetivo de se ser “justo”? Que dizer de todas as pessoas que fazem suas escolhas pelo que pauta a norma, para ver que recebem a mesma acolhida e são louvados por isso aqueles que não fazem o mesmo? E quem tem a autoridade moral para julgar isso? O sacerdote, tratando a divindade como se fosse uma franquia?
Certamente quem me ler, além de achar-me um sujeito muito chato, pensará que acho que isso tudo está errado que para sacristão só me falta o crucifixo (ou talvez o contrário).
Ledo engano. Minha bronca está na miríade de interpretações que a igreja dá aos mesmos fatos através dos tempos. Penso na quantidade de pessoas que foram infelizes antes deste casal, porque não puderam ter as mesmas coisas em seu tempo. Penso na estupidez que é a definição católica de pecado e o quanto a religiosidade oriental é mais sábia que a ocidental neste aspecto, sem recorrer à culpa para “controlar” o homem. No quanto se limitam as pessoas em função do dogma e da frustração que se impõe em função de costumes cujas origens e finalidades já não se conhecem.
Finalmente, as felicitações aos noivos são sinceras... o repúdio ao cinismo clerical também.
The Lurker says: o clero conecta a divindade ao homem... mas este já recebera a mensagem sem portador.
O padre já ia pela sua meia hora de sermão, tendo deixado o “sal da terra” para outra cerimônia quando finalmente me dei conta do que, afinal, me incomodava: os nubentes já tinha um filho, certamente com seus três anos, e a noiva, de branco, era enaltecida por suas qualidades maternais. Uma cena comovente não estivesse contra os procedimentos pregados usualmente pela igreja, ainda mais em tempos de concílio vaticano II. O que diria o Observatório Romano, órgão oficial de divulgação do eclesiástico?
Nessas ocasiões sempre faço um retrospecto das diferentes posições da igreja acerca dos comportamentos das pessoas durante os séculos. Houve um tempo em que uma cena deste tipo era encarada com outros olhares. Houve um tempo em que simplesmente não aconteceria. Verdade seja dita, tempos de alguma forma mais hipócritas do que os que vivemos hoje. Por outro lado, esta “flexibilidade” certamente faz com que as pessoas se sintam mais felizes por atingirem seus “objetivos” mais facilmente. Não mudaram agora os pecados capitais? E já não haviam mudado antes? Bem, de onde partiu a definição?
Não me lembro exatamente qual a passagem da Bíblia que diz que mais vale um pecador arrependido do que cem justos (com o perdão da citação mal feita). Se assim é, qual o objetivo de se ser “justo”? Que dizer de todas as pessoas que fazem suas escolhas pelo que pauta a norma, para ver que recebem a mesma acolhida e são louvados por isso aqueles que não fazem o mesmo? E quem tem a autoridade moral para julgar isso? O sacerdote, tratando a divindade como se fosse uma franquia?
Certamente quem me ler, além de achar-me um sujeito muito chato, pensará que acho que isso tudo está errado que para sacristão só me falta o crucifixo (ou talvez o contrário).
Ledo engano. Minha bronca está na miríade de interpretações que a igreja dá aos mesmos fatos através dos tempos. Penso na quantidade de pessoas que foram infelizes antes deste casal, porque não puderam ter as mesmas coisas em seu tempo. Penso na estupidez que é a definição católica de pecado e o quanto a religiosidade oriental é mais sábia que a ocidental neste aspecto, sem recorrer à culpa para “controlar” o homem. No quanto se limitam as pessoas em função do dogma e da frustração que se impõe em função de costumes cujas origens e finalidades já não se conhecem.
Finalmente, as felicitações aos noivos são sinceras... o repúdio ao cinismo clerical também.
The Lurker says: o clero conecta a divindade ao homem... mas este já recebera a mensagem sem portador.
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